Como a Esclerose Múltipla pode evoluir?

A evolução da Esclerose Múltipla (EM) está sendo cada vez mais compreendida como um continuum, em vez de categorias distintas. Tradicionalmente, a EM era classificada em formas recorrente-remitente, secundária progressiva e primária progressiva. No entanto, descobertas recentes sugerem que esses estágios representam pontos ao longo de um espectro de processos sobrepostos, incluindo inflamação e neurodegeneração, que variam entre os indivíduos e ao longo do tempo.

A progressão de uma fase recorrente-remitente para uma fase secundária progressiva geralmente ocorre dentro de duas décadas em cerca de 80% dos pacientes, caracterizada por um aumento gradual na incapacidade, independente de surtos. A EM primária progressiva, experimentada por uma minoria desde o início, apresenta taxas de acúmulo de incapacidade semelhantes às da EM secundária progressiva uma vez que a progressão começa.

Avanços na compreensão da dinâmica celular da EM, como o papel das células gliais associadas à doença e a distribuição espacial das lesões, têm refinado ainda mais a conceituação da patologia da EM. Além disso, a introdução de terapias modificadoras da doença alterou a história natural da doença, reduzindo a transição para a EM secundária progressiva e impactando os resultados a longo prazo.

No geral, a evolução da EM é marcada por uma interação complexa de fatores genéticos, ambientais e imunológicos, com um impacto significativo das intervenções terapêuticas que alteram a progressão da doença e melhoram o prognóstico dos pacientes.

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Tiago Sowmy
Tiago Sowmy
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