O tratamento da Esclerose Múltipla (EM) envolve principalmente o uso de terapias modificadoras da doença (DMT) para reduzir a frequência dos surtos, retardar a progressão da doença e gerenciar os sintomas. A escolha do tratamento depende do tipo específico de EM, da gravidade da doença e de fatores individuais do paciente, como tolerância e potenciais efeitos colaterais.
Para formas recorrentes de EM, incluindo a EM recorrente-remitente (EMRR), os tratamentos de primeira linha geralmente incluem preparações de interferon beta (como Avonex, Rebif, Betaseron e Extavia), acetato de glatirâmer (Copaxone) e novos agentes orais como dimetil fumarato, teriflunomida e fingolimode. Natalizumabe, Alemtuzumabe e a Cladribrina são considerados opções mais potentes, mas geralmente são reservados para pacientes com alta atividade da doença ou aqueles que não respondem aos agentes de primeira linha devido aos seus perfis de risco, incluindo o risco de leucoencefalopatia multifocal progressiva com natalizumabe. Atualmente, há uma tendência em se considerar o uso de medicações de alta potência no início do tratamento mesmo para pacientes com doenças menos agressivas.
Para a EM primária progressiva (EMPP), ocrelizumabe, um anticorpo monoclonal que ataca o CD20 nas células B, demonstrou ser benéfico e é um dos poucos tratamentos aprovados para essa forma de EM.
O manejo também inclui o tratamento de surtos agudos com corticosteroides em alta dose, geralmente metilprednisolona intravenosa, e tratamentos sintomáticos para gerenciar sintomas específicos como espasticidade, dor e disfunção da bexiga.
Terapias emergentes e estratégias em investigação incluem inibidores de tirosina quinase que penetram no sistema nervoso central, transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas e agentes voltados para remielinização ou neuroproteção, que podem oferecer novas opções de tratamento no futuro.
É essencial monitorar a eficácia e a segurança do tratamento através de avaliações clínicas e de ressonância magnética (MRI), ajustando a terapia com base na atividade da doença e na resposta do paciente.