A Esclerose Múltipla (EM) é considerada uma doença complexa com várias causas, envolvendo tanto predisposições genéticas quanto fatores ambientais. Acredita-se que a EM seja um processo autoimune, onde o sistema imunológico ataca por engano partes do sistema nervoso central, especialmente a mielina, causando desmielinização e sintomas neurológicos.
Os fatores genéticos desempenham um papel importante na suscetibilidade à doença, com variações no complexo principal de histocompatibilidade (MHC) tendo a maior influência. Fatores ambientais, como infecções virais, especialmente pelo vírus Epstein-Barr (EBV), também estão ligados ao desenvolvimento da EM. Isso pode ocorrer através de mecanismos como a mímica molecular, onde os antígenos virais se assemelham aos antígenos neurais, desencadeando uma resposta autoimune.
Além disso, outros fatores ambientais, como deficiência de vitamina D e tabagismo, têm sido associados a um risco aumentado de desenvolver EM. A interação entre esses fatores genéticos e ambientais leva à ativação de células T e B autorreativas, que invadem o sistema nervoso central e causam inflamação e danos nos tecidos.